O
amor me fere é debaixo do braço,
de
um vão entre as costelas.
Atinge
meu coração é por esta via inclinada.
Eu
ponho o amor no pilão com cinza
e
grão de roxo e soco. Macero ele,
faço
dele cataplasma
e
ponho sobre a ferida.
( poema de Adélia Prado )
(Do livro Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2011. p. 83)
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